Tudo começou quando na televisão passou uma propaganda do tal do Ciência sem fronteiras. Curiosa com ela, decidi pesquisar na internet um pouco sobre o programa. Entrei no site para conhecer, li o edital e me interessei em participar. No entanto, na primeira tentativa não consegui, visto que era segundo período/semestre de faculdade. Para quem não sabe, um dos critérios é estar entre 30% a 80% de curso. Mesmo sabendo disso, decidi aventurar, vai que né? Enfim, decidi esperar abrir o próximo edital, já que estaria no terceiro período/semestre de curso. Meu pensamento queria saber e descobrir qual seria o próximo motivo para não conseguir a bolsa (rsrs).
Felizmente, por ser regular, ou seja, estar quite com todas as disciplinas do período e não ter reprovado em nenhuma matéria, fui homologada pela minha universidade. Bem, vocês que estão lendo, devem estar meio perdidos. Na verdade, o primeiro passo após a sua inscrição é a homologação pela sua universidade. O coordenador da universidade responsável pelo Ciência sem fronteiras – CsF, irá selecionar quais os alunos da instituição devem participar da seleção (média, ser regular, está entre 30% e 80% de curso, ter iniciação científica, entre outros são alguns critérios). Eu com certeza fui homologada, devido ao fato de ser uma aluna regular, ter uma média legal, ser terceiro período e estar dentro dos padrões do edital do CsF. De princípio, o país de escolha era Portugal e devido a isto, não precisei fazer nenhuma prova de proficiência como o TOEFL ou IELTS (provas de proficiência para a língua inglesa). Eu sou formada em inglês, cursei 7 anos, mas preferi aventurar por um país de língua portuguesa, já que meu objetivo era justamente continuar minha graduação, uma vez que as dificuldades de idioma poderiam interferir nos meus estudos e notas (reprovar pode levar a perder a bolsa).
Infelizmente, o edital de Portugal foi cancelado devido ao grande número de pessoas – cerca de 20 mil inscritos – e pelo fato de que o objetivo do CsF não é apenas buscar promover consolidação, expansão e internacionalização da ciência e tecnologia, mas também levar conhecimento de uma nova língua ao aluno que é contemplado.
Para que não fiquemos de fora, a CAPES decidiu fazer acordos com outros países para que nós pudéssemos optar por algum deles. Então, a partir deste momento, a CAPES utilizou o ENEM como classificação, aqueles que estivessem com média acima de 600 pontos, teria a grande chance de optar por outro país de língua estrangeira (Enem verificado a partir de 2009, o meu Enem foi de 2011, logo não precisei fazê-lo novamente no ano anterior à inscrição). Fiquei imensamente feliz por conseguir chegar até este momento. Meu país de escolha foi os Estados Unidos.
O processo de espera é longo, é muito burocrático, mas acreditem, vale muito a pena!
Assim que a CAPES recebeu meus dados de homologação da minha universidade e avaliaram meu ENEM, recebi outro e-mail onde dizia que a minha candidatura foi tramitada para a etapa de concessão e meus dados foram enviados para o IIE – EUA (órgão, tipo a CAPES aqui no brasil, porém nos EUA).
Como minha escolha foi um país de língua inglesa, a minha participação no programa Ciência sem Fronteiras (CsF) dependia, obrigatoriamente, da avaliação de nível de proficiência na língua inglesa. Assim, todos nós que escolhemos um país de língua inglesa, fizemos o teste TOEFL ITP (Institutional Testing Program) gratuito, através da comissão Fulbright.
No entanto, todos nós desta nova chamada, garantiremos nosso curso intensivo de inglês, ao invés de já entrarmos diretamente na graduação. Apesar de atrasar meu curso, será uma experiência e tanto, passarei mais tempo nos EUA e estudarei bastante o inglês para enfrentar as dificuldades da graduação de uma forma mais leve. Acredito que se em português a disciplina é difícil, uma lingua diferente dificulta um pouco mais o aprendizado dela.
O programa disponibiliza também o Inglês sem Fronteiras, um curso de inglês online, quem quiser, entra no site
www.myenglishonline.com.br e saiba mais. Totalmente gratuito e oferece materiais para o aprendizado. Lá diz quais são os pré-requisitos, ok?
Bom, também recebi e-mails do meu novo técnico da chamada. Ele estava responsável por esclarecer dúvidas de qualquer espécie sobre o processo do programa, além de nos manter informados.
Depois de um tempinho, recebi um e-mail do IIE onde me parabenizava por escolher os EUA para meus estudos. Neste momento, corri atrás de passaporte, já que demora para conseguir agendar numa data legal e a retirada do mesmo. Fiz isso pois, assim que recebesse o e-mail do IIE pedindo a documentação, não iria dar tempo correr atrás de última hora. Realmente não deu (rsrs), eu recebi o e-mail na mesma semana que consegui ir dar entrada no pedido do passaporte. A sorte que eles deram um prazo para enviar depois, além da nota do TOEFL, já que chegaria apenas no dia 23 de maio. No e-mail o IIE pedia que enviasse os documentos necessários citados no mesmo. Claro que tive um prazo, curto por sinal, até aula eu perdi para não perder o prazo. Mas mantive meus professores informados desta tal situação a qual eu passava. (Se quiserem saber quais documentos, podem comentar que farei um novo post explicando)..
Muito corrida foi a minha semana, mas felizmente consegui enviar todos os documentos a tempo e assim, pude me preparar para realizar minhas provas da faculdade.

O ToA – Carta de aceite/aceitação chegou!!!!!!!!! Minha felicidade foi imensa. Nela dizia toda a regulamentação, data de início e término do curso, aeroporto que devo desembarcar, alojamento e refeições, horários e policiamento da universidade e o PRINCIPAL: UNIVERSIDADE A QUAL IREI ME ALOCAR! Pois é, minha universidade é The University of Kansas, em Lawrence. O prazo que tive para assinar e pedir ao coordenador do meu curso assinar, eram de 3 dias, mas quem enviasse até dia 21 de junho (1 dia apenas) iria participar do Visa Day em julho. Enviei tudo em 1 dia.
Já entrei em contato com meu instrutor da minha universidade de destino e ele me explicou tudo o que devo fazer, desde as vacinas até as roupas que devo levar (rsrs), além de pedir que enviasse os horários de chegada para um transporte ir buscar no aeroporto e levar até o alojamento. (Na verdade é ela rsrs).
Campus
Entrei no sistema que é disponibilizado para implementar a minha bolsa e enviar meus dados bancários daqui do Brasil, para que o dinheiro para as passagens aéreas e os valores de auxílio instalação, sejam depositadas antecipadamente. Já entrei em contato com o novo técnico que ficará responsável por me acompanhar e esclarecer dúvidas, além de manter o contato. Ah, o cartão pré-pago do BBÁmericas, o que o governo disponibilizou para o depósito das mensalidades, chegou há duas semanas, já ativei! Só esperar o money entrar. (Rsrsrs)
Agora, aguardo a data do meu Visa Day – data agendada para a retirada do visto. Estou muito tensa, pois muitos amigos meus já receberam para 7 e 8 de agosto. Eu sei que muitos ainda não receberam e receberão depois, assim como eu receberei também. Mas queria entender o motivo da demora desta data a ser enviada, uma vez que tem 4 dias que eles já receberam a data. Já compraram o vôo e reservaram o hotel. Quero adiantar também. Essa espera meu deixa tensa, agoniada e já passei mal e chorei. Comum com muita gente, com medo de algo tá errado conosco. Mas no final irei sorrir e feliz irei dizer que esse processo burocrático valeu a pena.
Mais tarde posto novas coisas para quem tiver afim de entender um pouco o programa Ciência sem fronteiras e viajar junto comigo através do meu blog.
Beijos de uma garota super emocionada e orgulhosa.
Raphaella Oliveira
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